Com a aprovação
de tratamento para a homessexualidade a psicologia acolhe em seu seio o
espírito “não gosto, tem que proibir”. Nesse caso, “não gosto, tem que curar”.
Temos milhões de adultos sem capacidade de lidar com a realidade, muitos deles
com poder legislativo.
Depois dessa,
nos preparemos para outras intrusões amadoras em profissões que deveriam
carregar responsabilidade sobre saúde mental. Em um contexto em que práticas
médicas são liberadas à opinião de grupos coletivamente doentes, ninguém vai precisar
assumir responsabilidade por nada. O tratamento não funcionou? Ah, ela não teve
fé o bastante, não foi a pílula de açúcar que eu dei em vez da quimioterapia.
Ele está vendo espíritos que pedem que mate outras pessoas? Mas eu tenho que
respeitar a visão metafísica dele! Se eu tentar suprimir isso com remédios eu
estou ferindo a liberdade religiosa. A pessoa cometeu suicídio? Mas ela tem o
direito de se achar indigna de viver, quem sou eu pra mudar isso?
A noção de
liberdade em nossos dias é uma desculpa pra deixar que as pessoas se façam mal
sem ajudar efetivamente. Foucault já previa. Antes, deixava-se viver e fazia-se
morrer. Hoje, faz-se viver e deixa-se morrer – com o carimbo de profissões como
a psicologia.
Felizmente são poucos os adultos com poder legislativo, mas eles conseguem estragar a vida de muitos.
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