Notícia de hoje, relativa a uma
estação de trem bem próxima de onde eu morava:
Mesmo problema, diferente forma
de lidar: o cara baixava as calças e se masturbava diante de mulheres em
estações de trem há cerca de dez anos. Passou por tratamento mental e foi
liberado. Ficou um bom tempo sem fazer isso e recentemente começou de novo.
Não houve flagrante – o que é
compreensível, pois as estações de trem mencionadas são bem vazias, quase nem
tem funcionários, quanto menos polícia (a gente costumava dizer que morava na
roça e eles concordam). Uma mulher identificou o cara fora de contexto, avisou
a polícia, a polícia investigou com a vizinhança, localizou o cara, interrogou
e prendeu. Ele vai ficar na prisão por 18 meses.
Uma coisa que tem me incomodado
muito ultimamente é o tanto de gente que posta opiniões revoltadas no Facebook
e acha que com isso faz alguma coisa de relevante. As pessoas que conheci na
França mal usavam Facebook, quando usavam era pra questões mais interessantes,
como dicas de estudos. Não tinha essa coisa da polêmica da semana, em que todo
mundo tem que escrever alguma coisa pra se sentir militante.
Refletindo a respeito da notícia
vista hoje, fica claro que a comparação que eu faço da reação do público é
injusta. Demorou pro cara ser preso, ele fez isso com nove mulheres até ser
pego, mas foi. A polícia foi atrás e, quando pegou, prendeu.
A justiça brasileira é
extremamente ineficaz pra aplicar qualquer medida e isso gera muita frustração.
Resultado: milhões de posts em redes sociais que não resultam em nada, mas
desentalam as indignações constantes da goela de quem assiste as coisas
acontecerem – pelo menos enquanto duram as curtidas dos amigos.
É isso. Como boa brasileira, faço
meu post, que não vai mudar nada, mas por algum motivo achei que tinha que
publicar.
Brasileiro é foda, se sente compelido a opinar sobre tudo mesmo que seja um comentário totalmente inútil.
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